// ARTIGOS SOBRE JORNALISMO E LITERATURA 2000-2014 //
// ARTICLES ABOUT JOURNALISM AND LITERATURE 2000-2014 //
Ser escritor é uma necessidade (para mim). Neste texto te conto o que escrever significa para mim e compartilho uma carta minha a alunos e alunas de 17 anos, encantados com a escrita.
Vida é obra e vice-versa. Você deve estar pensando em obras artísticas, arquitetônicas, científicas, etc. Realizações materiais, visíveis, palpáveis. Mas minha ideia de obra vai além.
A arte do Perfil: ensaio publicado no livro “Perfis: o Mundo dos Outros / 22 Personagens e 1 Ensaio“, 3ª edição revista e ampliada, Manole, 2014, pp.271-287.
Mr. Invisível do Brooklyn, reportagem biográfica sobre Paul Auster (1947-2024) publicada em 1999 no caderno “Fim de semana”, da GZM, e incluída na coletânea “Perfis: o Mundo dos Outros” (2014).
Nathan Zuckerman analisado: um perfil (analítico) das obras de Philip Roth (1933-2018) que têm como protagonista Nathan Zuckerman, alter ego do escritor nascido em Newark, Nova Jersey.
Jornalismo Narrativo (1): a revalorização do Jornalismo Narrativo e a importância da reportagem em profundidade.
Jornalismo Narrativo (2): as pessoas tendem a ler com mais interesse textos nos quais conseguem enxergar a si próprias.
A reportagem de imersão: na visão dos donos de jornais, a chamada “reportagem de imersão” ainda é valiosa, principalmente em um contexto de globalização econômica, avanços tecnológicos acelerados e crença em um mundo sem fronteiras.
A imagem depois do filme: o que mudou realmente no fotojornalismo desde o lançamento em 1989 da câmera digital Fujix, com capacidade para 21 fotos.
A fragilidade em sua razão: Joan Didion enfrenta limitações físicas e cognitivas ao escrever sobre a perda da filha vinte meses após a morte do marido.
A ensaísta que não se cala: Janet Malcolm revela as perigosas ligações entre biógrafos, personagens, editoras e leitores.
Os espectros do gigante: na China dilacerada do escritor Yu Hua, a dinâmica social diminui o indivíduo, que tem de buscar referências em si próprio.
Jazz no Brasil: o jazz brasileiro (ou música instrumental brasileira) é aquela espécie de exceção que existe para não justificar a regra.
Sobre “Doutor Desafio”: como escritores, o que podemos almejar a respeito de alguém, seja em um perfil de duzentas e poucas páginas, seja em uma biografia de milhares de páginas, não é nada além de alguns fragmentos verificáveis.
Rigor avesso à redenção: resgatada por Jonathan Franzen, a escritora Paula Fox, 89 anos, ganhou uma segunda chance de exibir sua excepcional coerência interna.
Precisamos falar sobre o casamento: Lionel Shriver reaviva o ponto de vista feminino com protagonistas dispostas a enfrentar e compreender os homens.
Usa bem a tua liberdade: Jonathan Franzen explora com maestria o atual desacordo dos americanos em relação a alguns valores universais.
A imigrante involuntária: o longo “Brooklyn”, de Colm Toíbín, sustenta-se pela ausência de sentimentalismo e de armadilhas de linguagem.
O alfaiate da realidade: “Honra Teu Pai”, de Gay Talese, evidenciou a habilidade pactual do mestre do New Journalism.
Os tempos de Schnitzler: obras do autor vienense espelham as dualidades sociopolíticas do “neurótico” Império Austro-Húngaro.
Repórter para sempre agora: em “Operação Massacre” (1957), impressionante narrativa sobre homens aprisionados sem provas e fuzilados sem julgamento, o argentino Rodolfo Walsh mesclou investigação, jornalismo e literatura, nos moldes de “A Sangue Frio” (1966). Mas sua aceitação não foi rápida e estrondosa coma a de Truman Capote.
Fronteiras da intelligentsia: Mario Vargas Llosa e Eduardo Galeano expõem, em coletânea e num clássico, as veias abertas de seus ideais políticos.
Humanismo & celebridades: a resposta à pergunta “o que é humanismo?” dependerá de qual tipo de humanismo estivermos falando.
Os vivos e os mortos: em romances interligados e pródigos em simbolismos, William Kennedy retrata a capital do Estado de Nova York nos tempos da Depressão.
A era digital tenta sair do papel: Robert Darnton, Umberto Eco e Jean-Claude Carrière contextualizam a cultura do livro e os impactos das megabibliotecas on-line.
Elogiemos os autores ousados: James Agee evita a indulgência ao retratar a vida de meeiros do Alabama.
O abismo involuntário: se não existissem a solidão, a dificuldade do amor e a morte, a dúvida e o desespero, a literatura não existiria.
Caro jovem escritor: as ideias me ocorrem de maneira bastante caótica.
Jornalismo & Literatura: ah, “não ficção”: esse termo tão negativo quanto negador, tão certeiro quanto indiscreto, tão confortável quanto ardiloso.
Os jornais e os tablets: os tablets surgiram antes de os jornais se sentirem confortáveis com as outras notáveis mudanças dos últimos 20 anos.
O dilema dos jornais: o livro “O Dilema da Inovação” (1997), de Clayton Christensen, mostrou a “autofagia” de empresas tentando replicar seus produtos num contexto de transformação aguda: o mesmo ocorreu com os jornais na era da internet?
Web analytics: algoritmos e Web Analytics auxiliam os jornais na seleção, produção e avaliação da performance de seus conteúdos, mas não são panaceia e tampouco resolvem o problema da geração de receita no on-line.
Rumo aos paywalls: jornais que não repensarem seu “modelo de negócio”, morrerão.
“Page One”, o documentário: as mudanças do jornal “The New York Times” no século XXI.
Transparência e arquivos: a Lei de Acesso à Informação entra em vigor em maio de 2012, mas a “cultura do segredo” é histórica nos poderes públicos brasileiro.
O trabalho de reportagem: documentário de alunos da Universidade Anhembi Morumbi sobre a maneira de fazer reportagens do Sergio Vilas-Boas.
Os jornais e a sustentabilidade: além das dificuldades de geração de receita com o digital, os jornais estão tendo de lidar com o rótulo de “altamente poluentes”.
Fatos e ficções a sangue frio: a obra é admirável, mas Truman Capote inventou; inventou, inclusive, o paradoxal gênero “romance de não ficção”.
Educação para a leitura: quem (e como) eram esses “leitores de antigamente”, que desapareceram?
Toda viagem: viajar é a melhor parte da viagem, mesmo que ela não se realize.
Um quarentão: é como se eu não coubesse mais dentro das coisas voláteis.