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Repensando Atitudes
“Repensando Atitudes : Saúde Mental na Maturidade”
Portal Edições, 2023, 387 pags.
Todos os 50 artigos deste livro expressam meu modo de ser. A escolha de cada assunto está diretamente ligada à minha história pessoal, meus dramas, minha introversão e meu temperamento “altamente sensível”. O enfoque psicossocial destes textos representa uma guinada na minha carreira de jornalista, escritor, professor universitário e outsider. Os artigos refletem o meu interesse profundo e permanente por psicologia e artes; e espelham as mudanças que ocorreram em minha vida, por reorientação pessoal ou por força das circunstâncias.
Dica: embora os textos possam ser lidos na ordem que você quiser, considere lê-los na sequência que propus, para você perceber mais claramente a interligação dos temas.
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A Superfície Sobre Nós
“A Superfície Sobre Nós” (romance; e-book)
Amarilys, 2015, 204 págs.
A visão de mundo de Hugo começa a ser alterada no momento em que ele conhece Jaime, um colega mais velho que atravessa com aparente firmeza uma confluência de crises. O que a princípio seria apenas uma colisão casual de experiências díspares revela-se um inusitado intercâmbio de duas gerações marcadas por revoluções bem distintas.
Escolhas antes vistas como fascinantes – investir tudo o que se tem num projeto pessoal, como fez o antropólogo Jaime, baby boomer – soam ambíguas para o narrador Hugo, membro declarado da Geração Y. Enquanto Jaime busca um lugar para chamar de seu, Hugo se apega ao conforto e à facilidade. Enquanto Jaime enfrenta seus segredos, Hugo se entrega à internet.
Uma extraordinária história de amizade, ancorada no mistério da alteridade. Com uma escrita matizada e límpida, repleta de lacunas propositais, Sergio Vilas-Boas convida o leitor a refletir sobre a (in)satisfação humana – afinal, “A Superfície Sobre Nós” refere-se sobretudo à profundidade que, nestes tempos de individualismo e tecnologização, não conseguimos nem ver nem tocar.
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Perfis: o Mundo dos Outros
impresso: Perfis – o Mundo dos Outros
e-book: Perfis – o Mundo dos Outros
Manole, 3ª ed., 2014, 287 págs.
Publicados em jornais, revistas e livros entre 1999 e 2014, os textos biográficos aqui reunidos foram elaborados por Sergio Vilas-Boas com uma sensibilidade incomum. Em estilo fortemente literário, o autor expõe aspectos objetivos e subjetivos de seus 22 personagens, que se revelam pelo que são ou pelo que gostariam de ser; em plena ebulição de ideias ou atravessando crises existenciais; vivendo conforme suas opções conscientes ou por alguma imposição externa. Ocultos ou evidentes, vigorosos ou frágeis, o fato é que os mundos destes artistas, empresários, jogadores de futebol e “empregados comuns” contêm tanto o singular quanto o plural, o individual e o coletivo, o privado e o público. E ao final do livro ainda somos brindados com um ensaio – “A arte do perfil” –, em que Vilas-Boas sintetiza o conhecimento teórico e prático que acumulou ao longo de 25 anos de carreira como repórter, escritor e professor universitário.
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Biografias & Biógrafos

Biografias & Biógrafos: Jornalismo Sobre Personagens
Summus, 2002, 184 págs.
As biografias entraram definitivamente na lista de preferências dos leitores brasileiros. Muitos jornalistas e ex-jornalistas contribuíram para o “boom” tardio desse gênero desprezado pela crítica no Brasil. Além de resgatar a biografia como campo de estudo valioso e múltiplo, Sergio Vilas-Boas oferece aqui um modo de compreender os procedimentos de biógrafos profissionais contemporâneos, tomando como pretextos três best-sellers dos anos 1990: “Chatô – o Rei do Brasil” (Fernando Morais), “Estrela Solitária – Um Brasileiro Chamado Garrincha” (Ruy Castro) e “Mauá – Empresário do Império” (Jorge Caldeira). Para estudar estas e outras biografias de autores brasileiros e estrangeiros, jornalistas ou não jornalistas, Sergio buscou suporte em teorias historiográficas, psicológicas e do Jornalismo Literário. Com texto polido, elegante e acessível, aborda as principais questões envolvidas na interpretação de personagens reais.
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Os Estrangeiros do Trem N

Rocco, 1997, 388 págs.
Esta narrativa fala de xenofobia e racismo; de choques culturais entre brasileiros, hispânicos e norte-americanos; de solidão a dez mil quilômetros de casa; de políticas antiimigração e direitos humanos; e toca na questão-chave para a maioria dos 125 clandestinos que o autor entrevistou entre 1993 e 1994: voltar ou não voltar para o Brasil? Os protagonistas desta narrativa híbrida (que o autor chama de romance mas que recebeu o prêmio Jabuti de reportagem) são o catarinense Angel e o mineiro Plínio. Os dois voaram para Nova York no final dos anos 1980, época de recessão, superinflação e baixa autoestima. Plínio desembarcou no Aeroporto JFK endividado, com o coração partido e oprimido por dúvidas existenciais; e o amalucado Angel portava um passaporte com foto e nome trocados. Trafegando com naturalidade entre a ficção, o jornalismo e o ensaísmo, Vilas-Boas desnuda a trama de experiências que conduz as pessoas às fronteiras dos países ditos desenvolvidos em busca do que pensam ser uma vida melhor e mais livre. A segunda edição (reescrita e enxuta) será lançada em breve.
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Rumores do Silêncio

Manole, 2010, 152 págs., bilíngue.
Clique no título para baixar o livro em PDF (gratuitamente).
Uma grande reportagem como nos tempos em que escritor e fotógrafo percorriam o mundo e narravam suas experiências em jornais e revistas. As vivências dos personagens incluídos neste livro – e a dos próprios autores, o escritor Sergio Vilas-Boas e o fotógrafo Luciano Candisani – foram postas em um patamar de validade superior ao dos números. Estatísticas são importantes num país que valoriza pouco a pesquisa, mas abstratas demais, enganadoras demais. O problema das hepatites B e delta no Acre é endêmico. A hepatite evolui sem sinais nem sintomas ao longo de anos, às vezes décadas. “É uma doença silenciosa”, afirmam os especialistas. O que estes dois profissionais fizeram, então, foi abrir seus sentidos a fim de captar os rumores desse silêncio. Mas as situações selecionadas não são nada sensacionalistas ou impressionistas. Ao contrário, elas evocam transformações – das mais cotidianas (a mudança de um hábito insalubre) às mais estruturais (atender às comunidades isoladas seja onde for).
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Ivens Dias Branco: Simples, Criativo, Prático

e-book: Ivens Dias Branco: Simples, Criativo, Prático
em inglês: Ivens Dias Branco: Simple, Creative, Practical
Manole, 2ªed., 2018, 382 págs.
O protagonista deste perfil (no sentido jornalístico mesmo do termo) escrito por Sergio Vilas-Boas é o empresário cearense Ivens Dias Branco, que criou um efeito positivo em cadeia na economia da Região Nordeste. Em 1953, aos 19 anos, Ivens começou a trabalhar com Manuel, seu pai, imigrante português. A partir de uma pequena padaria ele construiu um dos maiores complexos industriais da América Latina no setor de massas alimentícias e biscoitos. Possui ainda hoteis, uma fábrica de cimento, uma construtora e um porto para movimentação de grãos na Bahia. Mas o que o torna realmente uma pessoa especial é o seu caráter e a sua peculiar maneira de vincular-se às pessoas. Para esta narrativa Sergio fez 85 entrevistas (no Brasil e no exterior). A maioria dos diálogos durou, em média, duas horas cada. Entre outras coisas, investigou as causas e consequências da “unanimidade favorável” criada em torno deste senhor discreto e metódico. A professora, escritora e pesquisadora Angela Gutiérrez, da Universidade Federal do Ceará (UFC), assina o prefácio. O primeiro evento de lançamento foi em Fortaleza, dia 1º de maio de 2013, das 18h às 22h, no então recém-inaugurado Centro de Convenções do Ceará, com a presença de governadores de estado, prefeitos de capitais, empresários e intelectuais. A segunda edição da obra (revista e atualizada) foi impressa em 2018. Ivens faleceu em junho de 2016.
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Doutor Desafio: a História de Luiz Alberto Garcia

Doutor Desafio – a história de Luiz Alberto Garcia, empreendedor interiorano que enfrentou governos militares e competidores globais
Manole/Unialgar, 2011, 227 págs.
Embora não se pareça com um executivo convencional, “Doutor Luiz” (como é conhecido o empreendedor Luiz Alberto Garcia) sabe aplicar com naturalidade conhecimentos complexos. Com diplomacia e tirocínio, evitou que os governos militares (1964-1985) estatizassem sua empresa telefônica, a CTBC; e, nos 1990, superou grave crise financeira, preparando suas empresas para competir com players transnacionais. Esta obra põe o leitor em contato íntimo com a vida de um homem que se impõe mais por seu comportamento que por sua retórica, que pensa mais no futuro que no presente imediato, criando atmosferas desafiadoras. Especialista no gênero Perfil, Sergio Vilas-Boas tem sustentado publicamente sua opção pessoal por retratar somente personagens vivas. Aqui, ele evita, entre outras coisas, a abordagem irrefletidamente “épica” da maioria das narrativas sobre empresários.
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Luso-American Literature
Luso-American Literature: Writings by Portuguese-Speaking Authors in North America
Edited and introduced by Robert Moser & Antonio Tosta. Rutgers University Press, 375 pages, 2011.
Portuguese and Cape Verdean immigrants have had a significant presence in North America since the nineteenth century. Recently, Brazilians have also established vibrant communities in the U.S. This anthology brings together, for the first time in English, the writings of these diverse Portuguese-speaking, or “Luso-American” voices. Historically linked by language, colonial experience, and cultural influence, yet ethnically distinct, Luso-Americans have often been labeled an “invisible minority.” This collection seeks to address this lacuna, with a broad mosaic of prose, poetry, essays, memoir, and other writings by more than fifty prominent literary figures – immigrants and their descendants, as well as exiles and sojourners. It is an unprecedented gathering of published, unpublished, forgotten, and translated writings by a transnational community that both defies the stereotypes of ethnic literature, and embodies the drama of the immigrant experience. Sergio Vilas-Boas takes part in this collection with “Disha for four hours”, one of the chapters of his novel “Foreigners On The N Train” (1997).
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