Quando a gente fala de obra, pensamos em obras artísticas, arquitetônicas, científicas, religiosas, etc. Realizações materiais, visíveis, enfim, palpáveis. Não está errado. Porém, esse tipo de obra (concreta) é uma criação de poucos para muitos ou de poucos para poucos.
Em minhas aulas sobre biografias & perfis, eu enfatizava que, raciocinando inclusivamente, todo mundo tem biografia, mesmo que ela não tenha sido (ainda) escrita, ou mesmo que não seja escrita nunca.
Ora, se todo mundo tem biografia, todo mundo tem obra. O que é obra (individualmente falando)? Para mim, obra é o resultado de um conjunto de ações. Inclui o dito e o não dito, o feito e o não feito, o esperado e o inesperado.
O MAIS IMPORTANTE
A minha contém os (e está contida nos) livros que publiquei, obviamente, mas o mais importante foi eu ter sido capaz de:
- Construir relacionamentos estáveis e duradouros.
- Adquirir e transmitir conhecimentos.
- Estar sempre aberto à diversidade.
- Me desafiar continuamente.
- Seguir minhas intuições (às vezes certas, às vezes erradas).
- Inspirar as pessoas ao meu redor.
Nesse sentido, meus textos são apenas a consequência da minha “obra maior” (minha vida), entendeu?
PARA REFLETIR
Agora é com você. Responda/escreva para si mesmo(a): qual a tua obra?
Sim, num primeiro momento essa pergunta poderá te deixar meio confuso(a), mas logo você:
1) Perceberá que vida e obra estão (têm de estar) diretamente interligadas.
2) Chegará a uma constatação favorável a todos nós. Esta: não apenas “gênios” ou “pessoas especiais” têm obra.
3) Chegará a outra constatação, esta não necessariamente favorável a todos nós: vivemos em um mundo no qual as aparências passaram a ter mais importância do que as realizações.